Почему древние цивилизации не признавали синий цвет? -Почему древние цивилизации не признавали синий цвет??

Почему древние цивилизации не признавали синий цвет??

Переключить панель открыто Закрыть
Почему древние цивилизации не признавали синий цвет? 16 мин. | смотретьТекст

Списки?

Почему древние цивилизации не признавали синий цвет?,
medieval_baker-650x402

Copiar este link

Sobre compartilhar
Thinkstock Direito de imagem THINKSTOCK
Image caption Море винного цвета вошло в коллективную память благодаря Гомеру В своем исследовании языка как способа восприятия мира лингвист Гай Дойчер посвятил конкретную тему: отсутствие ссылок на синий цвет в текстах нескольких древних цивилизаций. ,

O primeiro intelectual a notar essa curiosidade foi o britânico William Ewart Gladstone (1809-1898), que não apenas foi quatro vezes primeiro-ministro como também um apaixonado pela obra do poeta Homero.

Apesar das maravilhosas descrições feitas por ele nos relatos A Ilíada e A Odisseia, que incluíam frases como "a aurora com seus dedos rosados", em nenhum momento o autor pintava algo de celeste, índigo ou anil.

Gladstone repassou todo os dois textos, prestando atenção às cores mencionadas. Descobriu que, enquanto o branco era mencionado cem vezes e o preto, quase 200, as outras cores não tinham tanto destaque. O vermelho era citado menos de 15 vezes e o verde e o amarelo, menos de dez.

Ele leu, então, outros escritos gregos e confirmou que o azul nunca aparecia. Concluiu que a civilização grega não tinha à época um senso de cor desenvolvido e vivia em um mundo preto e branco, com algumas pinceladas de vermelho e de brilhos metálicos.

"Eles entendiam o azul com a mente, mas não com a alma", afirma o pesquisador.

Em parte alguma

Direito de imagem THINKSTOCK
Image caption Como descrever esta cena sem usar a palavra 'azul'?

A pesquisa de Gladstone inspirou o filósofo e linguista alemão Lazarus Geiger, que se perguntou se o fenômeno se repetia em outras culturas.

Ele descobriu que sim: no Alcorão, em antigas histórias chinesas, em versões antigas da Bíblia em hebraico, nas sagas islandesas e até nas escrituras hindus, as Vedas.

"Esses hinos de mais de dez mil linhas estão cheios de descrições do céu. Quase nenhum tema é tratado com tanta frequência. O sol e o início da madrugada, o dia e a noite, as nuvens e os relâmpagos, o ar e o éter, tudo isso é contado", afirma Geiger.

"Mas uma coisa que ninguém poderia sabia por meio dessas canções é que o céu é azul."

Geiger também notou que houve uma sequência comum para o surgimento da descrição de cores nas línguas antigas. Primeiro, aparecem as palavras para preto e branco ou escuro e claro - do dia e da noite -; logo, vem o vermelho - do sangue -; depois, é a vez do amarelo e do verde e, só ao final, surge o azul.

Mas por que o azul não apareceu antes?

"E por que deveria?", questiona o psicólogo Jules Davidoff, diretor do Centro para Cognição, Computação e Cultura da Universidade de Londres. "Por que precisariam do azul para descrever algo? Quem disse que o mar e o céu são azuis? Por acaso, eles têm a mesma cor?"

Cognição

Direito de imagem THINKSTOCK
Image caption Além de não ser um objeto, o mar não é sempre azul, apesar de ser tradicionalmente representado assim

Davidoff dedica-se à neuropsicologia cognitiva e a investigar a forma como reconhecemos objetos, cores e nomes. Ele fez experimentos com uma tribo da Namíbia, na África, cuja linguagem não tem uma palavra para o azul, mas possui várias para diferentes tipos de verde.

Quando mostrou a integrantes da tribo 11 quadrados verdes e um azul, não puderam achar qual era diferente, mas, se em vez de azul, o quadrado fosse de um tom de verde levemente diferente e dificilmente notado pela maioria das pessoas, era destacado imediatamente.

Na verdade, poucas coisas na natureza são azuis: uma ou outra flor de orquídea, as asas de algumas borboleta, as plumas de certas aves, a safira e a pedra luz.

No entanto, Homero estava na Grécia, um lugar que para muitos é mercado pelo azul do céu e do mar. Como podiam ignorar essa cor?

Em seus estudos, Deutscher recorreu à filha, Alma, que estava aprendendo a falar na época. Como qualquer outro pai, ele brincava com ela e a ensinava o nome de diferentes cores.

Teve, então, uma ideia para verificar o quão natural é o azul na linguagem e entender como as civilizações antigas, especialmente as que viviam no Mar Mediterrâneo, não deram um nome para a cor do céu.

Ele ensinou a Alma todas as cores, inclusive azul, mas fez com que ninguém lhe dissesse de que cor era o céu. "Quando tive certeza de que sabia usar a palavra 'azul' para os objetos, sai com elas em dias de céu azul e perguntei qual era sua cor."

Por muito tempo, Alma não respondeu. "Ela respondia imediatamente a tudo mais, mas, com o céu, olhava e parecia não entender do que eu estava falando", conta Deutscher.

"Certa vez, quando já estava muito segura e confortável com todas as cores, ela me respondeu, dizendo primeiro 'branco'. Foi só depois de muito tempo e após ver cartões-postais em que o céu aparecia azul que usou essa cor para descrevê-lo."

Direito de imagem THINKSTOCK
Image caption Para a filha do pesquisador, o céu era branco

Necessidade

Foi assim que sua filha ensinou a ele que nada é tão óbvio quanto pensamos. "Entendi com meu coração, observando uma pessoa, não lendo livros ou pensando em povos de um passado remoto", afirma o pesquisador.

"E Alma nem sequer estava na mesma situação dos povos antigos: ela conhecia a palavra azul e, no entanto, não a usou para o céu. Compreendi que não é uma necessidade de primeira ordem dar um nome para a cor do céu. Não se trata de um objeto."

O mesmo ocorre com o mar: assim como o céu, não tem sempre a mesma cor e, acima de tudo, não é um objeto, por isso não há motivo para "pintá-lo" com uma palavra.

"Nada mudou em nossa visão. Há séculos, somos capazes de ver diferentes tons, mas não temos as mesmas necessidades", afirma o especialista. "Era perfeitamente normal dizer que o mar era preto, porque, quando está azul escuro, parece preto, e isso é suficiente nesta época. Uma sociedade funciona bem com o preto, o branco e um pouco de vermelho."

Então, por que começamos a dizer que determinadas coisas são azuis?

"Conforme as sociedades avançam tecnologicamente, mais se desenvolve a gama de nomes para cores. Com uma maior capacidade de manipulá-las e com a disponibilidade de novos pigmentos, surge a necessidade de uma terminologia mais refinada", afirma Deutscher.

"A cor azul é a última, porque, além de não ser encontrada tão comumente na natureza, levou muito tempo para fazer este pigmento."

Direito de imagem THINKSTOCK
Image caption Egípcios tinham um termo para a cor azul por conta da sofisticação tecnológica de sua sociedade

Os egípcios antigos tinham o pigmento azul e uma palavra para nomeá-lo, por exemplo, pois se tratava de uma "sociedade sofisticada".

"O que importa não é tanto a época em que viveram, mas seu nível de progresso tecnológico. É aí que está a correlação com o volume do vocabulário para cores."

Mas não há no hebraico bíblico a palavra "kajol", que significa azul?

"Sim, mas essa palavra significava 'preto'. Tem a mesma raiz da palavra álcool, e o 'kohol' era um cosmético em pó feito com antimônio que as mulheres usavam para pintar os olhos e era preto."

Pouco a pouco, o termo foi mudando até assumir o significado que tem hoje no hebraico moderno. E este não é único caso, segundo o especialista.

"O mesmo aconteceu com a palavra 'kuanos' em grego. Homero a usa, mas significa preto ou escuro. Foi só depois que passou a significar 'azul'."

. Это была также, которая вызвала горькие религиозные споры и могла заставить вас сходить с ума.

Поделись этим:

Комментарии а как ...

фото?

фото Почему древние цивилизации не признавали синий цвет??
фото

Как ??

Как Прочитайте больше ПРОДОЛЖЕНИЕ ЧТЕНИЯ

ЖЕНСКИХ АНГЕЛОВ (Падшие ангелы)

ЗЛОЙНЫЕ ПОРОКИ ЖЕНСКИХ АНГЕЛОВ (Падшие ангелы)?

Падшие ангелы создают нефилим?

Нефилим, Книга Еноха и конец свет?

Нефилим, Книга претензий к какой-либо продукции, не продаем их и не предлагаем для.

Почему древние цивилизации не признавали синий цвет?
Почему древние цивилизации не признавали синий цвет?!
Почему древние цивилизации не признавали синий цвет?
Почему древние цивилизации не признавали синий цвет?! Экзистенциализм в современном искусстве!

  • средневековая еда
  • РЕКЛАМА«средневековая еда?»«средневековая еда?» МНЕНИЕ средневековая еда ЖИЗНИ средневековая еда 7

    СОВРЕМЕННЫЙ КУРС ТЕЙТА БОЯЗНЬ, АБСУРДНОСТЬ, СМЕРТЬ средневековая еда КАЖДЫЙ ПОНЕДЕЛЬНИК, Средневековая еда: от крестьянской каши к королевскому баранине Средневековая жизнь средневековая еда Средневековая еда Эта статья является частью нашего более широкого выбора должностей о средневековом периоде. Чтобы узнать больше, нажмите здесь, чтобы получить исчерпывающий справочник по средневековью. 6 месяцев назад Поделиться ...Ваш текст

    лучшие книги популярные книги :картина::: Комментарии
    Читать далее...
    . средневековая еда ЗАПРОСИТЬ ПЕРЕПЕЧАТКУ ИЛИ ОТПРАВИТЬ ИСПРАВЛЕНИЕ #8592; История Почему древние цивилизации не признавали синий цвет?. Оглавление Следующее Предыдущее Главная страничка

    Почему древние цивилизации не признавали синий цвет?
    Почему древние цивилизации не признавали синий цвет?
    Почему древние цивилизации не признавали синий цвет?! Замки с привидениями